Benefícios:Esse tipo de cirurgia é considerada minimamente invasiva, com incisões mínimas, (pequenos furinhos) em que o cirurgião opera sentado em uma posição confortável através do Joystik enquanto a máquina do robô com braços articulados é posicionada no corpo do paciente, altamente sensível aos movimentos do cirurgião. A visualização dos órgãos internos, sua vascularização e sua inervação chega a ser de 10 a 15 vezes maior além de oferecer a imagem em 3D e a eliminação do tremor das mãos do profissional, possibilitando com isso, um procedimento cirúrgico com maior precisão.
O paciente retorna mais precocemente as suas atividades laborativas eliminando a necessidade de medicamentos de maior complexidade para o controle da dor pós-operatório.
Profissionais:
O robô é a extensão dos braços do cirurgião. Para que este, possa utilizá-lo, se faz necessário um treinamento intensivo em um simulador e uma vez aprovado, o cirurgião é selecionado para a habilitação nos centros da Intuitive Surgical em Huston nos Estados Unidos e mais recentemente, em Bogotá , na Colombia. No Brasil, poucos são os profissionais aptos a realizar o procedimento robótico.
O Rôbo e a Hérnia
A hérnia sempre foi um desafio para o ser humano, tanto que a primeira cirurgia de que se tem notícia para a tentativa de cura foi realizada Erasitratus de Keos (330 a 250 A.C). Ainda como dado histórico também era usado a castração como solução de cura. em 1363 Guy de Chauliac descreveu a redução manual da hérnia. Em 1556 Pierre Franco publicou o livro Traité des Hernies para o tratamento cirúrgico das hérnias estranguladas.
Só no final do século XIX dá-se a revolução do tratamento cirúrgico das hérnias inguinais com Henry Marcy em 1871. Em 1884 Edoardo Bassini é considerado o pai da herniorrafia moderna por dar importância a algumas estruturas anatômicas para a sua correção cirúrgica.
De Bassini até os dias atuais houve grande avanço não só das técnicas de correção das hérnias como das telas usadas para reforço, assim como a forma de abordagem do cirurgião, seja por via convencional, por videolaparoscopia e ultimamente por robótica.
O robô com emprego em cirurgia, teve inicio no final do século passado alcançando grande evolução no inicio do ano 2000 nos Estados Unidos e chegando ao Brasil em 2008. Inicialmente para cirurgia de próstata onde atualmente é considerado padrão ouro, e posteriormente avançando para todas as especialidades cirúrgicas , principalmente para uso nas cavidades abdominal e torácica.
A cirurgia robótica permite uma aproximação `a doença com incisões menores e dissecção com muita delicadeza dos tecidos oferecendo ao cirurgião uma visão tridimensional, além da precisão de movimentos trazendo um mínimo trauma cirúrgico durante a manipulação dos tecidos, permitindo movimentos internos em diminutos espaços intra-corpóreos como se fossem as mãos humanas, onde as mesmas jamais alcançariam mesmo com uma grande incisão cirúrgica.
Quando empregamos o robô nas cirurgias das hérnias, como as inguinais, incisionais ou de hiato estamos exercendo o estado da arte atual e com o rápido avanço tecnológico teremos em um curto espaço de tempo, robôs de gerações melhores, oferecendo um tratamento mais eficaz ao maior número de pacientes.