Telas: as maiores aliadas na correção cirúrgica das hérnias

As hérnias da parede abdominal , sendo as mais frequentes as hérnias inguinais, são as hérnias que surgem na área da virilha e acometem o homem desde a sua existência. Os primeiros relatos  que se tem notícia, datam de 1550 A.C. em tratado médico do antigo Egito denominado papiro de Ebers, em homenagem ao monge alemão que o adquiriu como colecionador no ano de 1875.

Anteriormente, uma das maiores dificuldades na cirurgia de hérnias, eram que as suturas eram feitas com múltiplos pontos entre os tecidos, que já se encontravam enfraquecidos para correção do defeito, o que resultava em dor e alto índice de retorno da mesma, o que chamamos de ” recidiva da hérnia”.

Assim, houve então, a necessidade de se criar um tecido de reforço que hoje conhecemos como tela. Estas por sua vez devem possuir algumas propriedades como: ser inerte, suportar a pressão da parede abdominal, produzir reação inflamatória para melhor integração aos tecidos, poros com diâmetro suficiente para facilitar a entrada das células de defesa dificultando a infecção entre outras. As telas podem ser absorvíveis, mistas e não absorvíveis. Estas últimas são as mais utilizadas e podem ser de poliéster e polipropileno, sendo este último, utilizado em uma maior frequência pelos médicos.

Ao contrário do que muitos pacientes pensam, as telas, em  sua maioria, são colocadas para serem integradas ao corpo em sua totalidade e permanecerem para o resto da vida. Ela age como um reforço na correção da hérnia. Exemplificando em metáfora, imagine a construção de uma laje: Anteriormente, fazemos uma armação entrelaçada de ferros e depois aos poucos, colocamos a massa de concreto, que seria representada pelos tecidos sendo preenchidos  pouco a pouco.

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